segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O meu tipo de garota



Não é como as outras, não é uma menina, e sim uma mulher no corpo de uma menina, ou seria uma menina mulher com alma de criança. Não é fácil decifrar seus pensamentos, vive num outro mundo, no seu mundo, criando e brincando de viver, não faz tipo, é sim um tipo diferente de mulher. Confusa e doida ao mesmo que inteligente e responsável, às vezes é mulher, outras menina, e quando quer se torna criança, tudo ao seu bel prazer.

Como ler os pensamentos de um ser tão fascinante e encantador, como miseravelmente é difícil apenas tentar prever seus passos. Linda, bela, encantadora, como é difícil adjetivar essa louca imperfeição da natureza ou seria acerto tão impar e tão perfeita da natureza. Seus olhos, sua boca, sua silhueta, tão magníficos, tão atraentes que eu poderia passar dias e mais dias parado apenas suspirando pelo seu corpo.

Por mais surreal que seja sua beleza, ainda é pouca quando comparado com seu sorriso, o som da sua voz, a forma com qual pronuncia as palavras, tão incisivamente e carregado, ao mesmo que sempre trazendo um sorriso no canto da boca, nunca sei se admiro essa linda faceta ou se escuto o que ela tem a dizer. Ah e o seu olhar, tão penetrante, um olhar selvagem, que vasculhava todos os requintes da alma de quem por acaso tem sorte dela cruzar.

Pergunto-me, se ela realmente é humana ou seria uma inspiração da natureza, uma filha de Afrodite, uma musica do Chico Buarque, com seus movimentos tão genuínos, uma mistura de menina do interior com mulher da cidade, sincera e firme nas suas opiniões mesmo que sempre ponderando, refletindo e tentando entender a si e há quem dialogue com ela.

Não sei ao certo o quanto a vida coloca a prova essa amazona, essa guerreira de olhos tão selvagens quanto tristes, testando sua tremenda falta de organização, perturbando seu sono, lhe fazendo esvaziar copos para matar seu vazio, mesmo quando o castelo de carta pode estar desmoronando em cima dela, por mais que a vida possa ser triste e cheia de dor, ela traz consigo uma jovialidade que preenche os ambientes com alegria e divertimento, conseguindo elevar o astral de qualquer mal humorado, já ganhou e perdeu, às vezes perdida, às vezes no caminho errado, mas sempre seguindo em frente, não espera pelos milagres, é o seu próprio milagre, é sua própria segunda chance, ela é o algo diferente da vida, a representação viva do sonho de todo homem.



"Da vez primeira em que seu olhar,

Nesta vida, colheu minha vista,

Nunca foi-me impedido de a exaltar"



"O caminho é este. Tem pedra, tem sol, tem bandido, mocinho, tem você amando, tem você sozinho, é só escolher ou vai, ou fica.
Fui."



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Delírios de um grão de areia ao vento...



Um corpo sem alma, apenas uma carcaça atormentada pelos seus medos, assombrada por suas desilusões. Tão linda, e rodeada de amigos, porem sozinha, com seus lindos olhos azuis que até podem enganar numa primeira vista, mas que entregam sua melancolia, olhos estes que um dia já foram como o mar mediterrâneo, profundos, com explosão de vida, porem hoje não passam de um reflexo do mar morto, rasos, escuros, tristes e sem vida.

Sempre ocupada, repleta de compromissos e responsabilidades, de festas e jantares, tudo para gastar o tempo, fazer o relógio correr, apenas mais uma tentativa para fugir de si mesma, do vazio, dos pensamentos que tanto á fazem sofrer.

Ela vaga pelos dias e noites, perdida num labirinto de escuridão, onde com alguma sorte, esbarra em seres de luz, que conseguem minimamente á distrair, iluminarem por algum tempo sua vã e solitária jornada atrás da menininha sonhadora, dos olhos brilhantes, e que por mais difícil fossem os dias, sempre tinha um esplendoroso sorriso.

Ela talvez coloque em mim e em todos os outros o seu farol, a luz que vai lhe salvar do naufrágio da sua vida, por isso dos testes, os jogos, sempre se transmutando em areia para esvair entre os dedos, dando um reset no ciclo do encantamento, obrigando os interessados a todo novo dia começarem do zero a arte de encanta-la e se por acaso, algum dos pretendentes conseguirem chegar um pouquinho mais próximo de sua verdadeira expressão, do seu vazio, de seu eu interior, a face que ela tanto repugna e tenta esconder, ela simplesmente se fecha, usa a sua insatisfação crônica como sinônimo de enjoou para fugir.

Mas ai esta o grande engano dela, ninguém pode ser sua lua cheia, muito menos o seu sol, a questão nunca foi voltar á confiar nos outros, não está em mim sua segurança, não esta nas idealizações do passado, ou em qualquer outro, mais sim dentro dela, quando ela conseguir abandonar sua típica insegurança, e parar de jogar para os outros suas responsabilidades, e começar a se jogar na vida, entender que ser feliz é complicado mesmo, porem que depende apenas de nós mesmos, que a moral da historia é confiar na intuição, virar paginas, viver a vida sem medos, viver os medos.

Consigo entender esse encanto da natureza que foi tão desprezada por animais idiotas, pois ela não passa de uma sombra do que já fui, um mero reflexo das minhas frustrações passadas, olhar para ela, é ver quem eu era, por isso nunca poderei ser um pilar, um farol para ela, porque apenas sou mais um barco em meio ao mar, em idas e vindas.

A única coisa que me cabe, é ajudar outros barcos, sendo um refresco de vida, levar um pouco de alegria e risos, pois há muito tempo já desvendei os segredos da areia. Ela é muito esperta, frágil e escorregadia, porem em meio aos seus delírios de insegurança, vive na ilusão, crendo que está no comando, que é quem decide. Eis o maior engano de todos, quando a areia se esvai pelos dedos, ela apenas esta nos obrigados a escolher, esticando ao limite nossa paciência, demonstrando toda sua insegurança, testando a força de nossa fé nela, porem isso nos faz outorgar os diversos caminhos em apenas dois, ou continuamos tentando segurar de novo e de novo a areia, ou apenas deixamos o vento levar ela embora e seguimos em frente. Então no fim, não é a areia que decide se fica ou não, ela apenas força uma limitação de escolhas, mas cabe à mão decidir se continua tentando cativar a areia, ou deixar, por isso mesmo, sua instabilidade não passa de um mero melindre para satisfazer seus anseios por esperança.  

"tinha medo de ficar só por muito tempo, medo das muitas veleidades de ternura, honestidade e carinho a que me sentia continuamente inclinado, medo dos ternos pensamentos amorosos que com tanta frequência me assaltavam"

“A maior parte de nós não é tão forte. O que é a honra comparada com o amor de uma mulher? (…) Vento e palavras. Vento e palavras. Somos apenas humanos e os deuses nos moldaram para o amor. Esta é a nossa grande glória e a nossa grande tragédia”. 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Rodopiando ao som dos bandolins



Uma síntese da natureza, antagônica a todas as outras gurias. Não gosta de multidões, de badalações, sempre cercada de pretendentes, de amigos, mas sempre sozinha, dentro de seu próprio universo. Com olhos que mais parecem duas bolitas castanhas, enxergava o mundo de outro ângulo, conseguia transitar entre o real e irreal, uma verdadeira garimpeira de lugares. Sempre com mania de perambular pelas ruas das cidades, nos horários mais alternativos, apenas com sua velha maquina fotográfica. De um click aqui e outro ali, conseguia impactar e encantar as pessoas. Era a forma que tinha de tocar as pessoas, de mostrar esse tal universo paralelo por onde transitava. Sempre uma incógnita, era impossível prever suas ações, se movia e agia ao seu bel prazer, uma força livre como o vento. Muitas vezes simplesmente parava em meio a vielas e ruas e ficava observando, olhava para cima, para baixo, procurando uma forma de conectar o seu mundo ao nosso. Suas fotos, seu olhar, juntavam o passado com o contemporâneo, conseguia transmitir a nostalgia de prédios velhos, de lugares abandonados e menosprezados pelas pessoas. Fazia do silencio uma orquestra de imagens.

Morena dos olhos mais risonhos que já conheci, olhos que conseguiam penetrar e invadir nosso ímpeto, sempre achei que ela conseguia deslumbrar os pensamentos de quem por engano se perdia naqueles grandes olhos castanhos. Mas, carregava uma insatisfação crônica, certo ar de melancolia, por não conseguir encontrar um lugar no nosso mundo, por ter nascido na época errada. Tinha uma lista enorme de corações partidos, raramente ficava mais que três meses com alguém, era independente de mais para homens tão dependentes e inseguros, sempre muito intensa, amava e esquecia como ninguém, a e como esquecia bem. Ela era a definição perfeita de contradição, amava o que era antigo tanto quanto não aguentava a mesmice das coisas, por isso talvez vivesse trocando de namorado, nunca jogava o que ganhava fora, mas não perdia muito tempo pensando nos donos dos presentes. Como ela mesma dizia: “por que eu deveria pensar no passado”. Uma grande contradição para quem vivia flertando o passado com o olhar e a maquina fotográfica.

Adorava teatros, já cinema, era uma epopeia para ver um filme com ela, sempre aparecia dois três minutos antes de o filme começar, sem nunca deixar de ir a bilheteria e perguntar: “Tem quantas pessoas?”. Ai, se tivesse mais de meia dúzia de gatos pingados, já dava meia volta e saia para algum boteco, bar ou pub sem nem dar satisfação, apenas saia andando. Só na terceira, quarta tentativa que entendi, ou acho que entendi, o cinema era o único lugar aonde ela trocava sua solidão, o silencio, pelo som das suas palavras, e ela realmente falava, passava o filme todo analisando, criticando, e conversando.

Nunca reclamava, a não ser quando andava pela Andradas, dizia que lá era o exemplo vivo da degradação humana, o porquê preferia a solidão, vivia reclamando: “para que esses carros, porque tanta gente, isso tudo atrapalha meu pensamento, olha como poluem meu mundo, tão sempre correndo, todos egoístas, não ligam, não vêem o que estão perdendo, não sentem, não vivem, até as estatuas tem mais vida que esses objetos vazios que ficam andando de um lado para o outro”. Ai, já viu, ficava emburrada, olhando para o vazio, ate que depois de incontáveis minutos de silencio, desligava a sua maquina fotográfica, e dizia: “Droga, vamos...”. E eu já sabia que ela queria ir para algum boteco, tomar algo forte o suficiente para desliga-la do mundo. Há, mas como ela ficava bonita irritada, sempre que eu podia retrucava: “Aonde ?”, ela fechava mais ainda aquele lindo rosto, e apenas esboçava um “ Não te faz, tu sabe” e continuava andando. Não discutia, na verdade não me lembro de termos discutido uma única vez, sempre quando não gostava de algo apenas levantava e saia andando. 


Ela é assim, uma armadilha da natureza, consegue atrair apenas com o olhar e encantar com seu silencio, porem é praticamente inalcançável, é pura essência, uma ilusão que termina antes mesmo de virar realidade. Um verdadeiro desafio, que todos querem ter, mas ninguém conseguiu, com sorte alguns passam certo tempo ao seu lado,o que já é motivo de comemoração, pois assim pelo menos aprendem á apaziguar o coração com o silencio dos lábios dela e dos recantos mais surpreendentes da cidade.


"Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade."
Pablo Neruda


terça-feira, 18 de setembro de 2012

Anti-herói



Janela piscando, telefone tocando, e eu que achava que ele tinha desistido de me procurar, que já tinha abandonado essa ingênua ideia de “nós”. Esse sempre foi o grande problema dele, achar que o seu amor era maior que minha razão, admito que no começo, mas sabe bem no começo era bom todo aquele carinho, ter um alguém em quem confiar, e ter nossos momentos ofegantes. Ele às vezes deve até me acusar de fria, mas eu fria, como se muitas vezes até durmo abraçada em algum dos muitos bichinhos de pelúcia que ganhei dele. Não sou fria, e sim realista, eu tenho meus objetivos e planos, minha carreira, não tenho tempo para ilusões de um menino mimado. O que tivemos foi bacana, mas como eu disse, foi no passado, eu não tenho tempo para distrações, e dar trela para ele, seria se perde nos desvios, é querer ver muita curva numa linha reta. Ele fica procurando soluções e respostas para remediar o fim, apela para as nossas montanhas russas, mas ele bem sabe que sempre preferi maria-fumaça. Eu apenas resolvi seguir minha razão, o sexo eu consigo quando quero, carinho tenho das minhas amigas, companheirismo nada melhor que o cachorrinho que comprei que por sinal é um amorzinho, agora a dor de cabeça, bem, isso tenho sempre que meu ex vem me procurar.

-Eu sou apenas mais um desses meninos, que se mascaram de fortes, que vivem perambulando pelas noites, procurando copos cheios e corpos vazios. Com uma barba mal feita, e desapego no coração. Busco por semelhantes, por mulheres abandonadas e na sarjeta, que não preciso dar satisfação nem ligar no dia seguinte. Procuro a solidão, não me proponho a iludir e machucar quem me ama, fujo do carinho e conforto. Eu tenho um pouco de medo disso, de amar outra e acabar te esquecendo, de sem querer perde tudo isso que nutro por você. Eu até poderia me torna um misantropo, mas sou egoísta de mais para tanto, preciso conviver com os vazios e solidões alheias, tendo para os vícios sou um anti-herói vendido. Vivo entre profanos e anjos caídos, onde amar não passa de orgasmo e intimidade de uma conta de motel. Barganhei minha felicidade por diversão, noites de perversão e manhãs de ressaca sem lembranças.

Encho o copo mais uma vez antes de notar, que nem na metade ele estava, isso é a ansiedade eu sei, não sei lidar com as coisas quando elas fogem do controle, e a garganta fica seca quando percebo que as coisas estão indo por um caminho que não consigo prever. Preciso virar o copo, afogar meu masoquismo sentimental que vive em crise ano após ano, não sei se queimo a velha foto de nós, se ligo para pretensiosamente saber se ela sentiu saudade, mas o problema mesmo é quando toca aquela antiga musica, recheada de lembranças e a velha paranoia que de ver o rosto dela se refletir nos rostos das outras mulheres, isso sim me estraga. Já tentei passar uma borracha e seguir em frente, mas como, superar é uma coisa, esquecer é outra, mas apagar, a isso é impossível.

Morena, você era o mundo para mim, e decidiu não ser mais, eu só queria o teu amor, e você queria o resto, tenho a impressão que por mais que eu me enterre, e me perca no que possa existir de mais mundano e deprimente, num plano sem destino certo, apenas um gole de cada vez. Sempre que tu reaparecer, vai conseguir causar um frio na barriga, uma sensação estranha, muito além da razão, aquele velho habito que eu tinha de acreditar nos clichês.



"Somos finos como papel. Existimos por acaso entre as porcentagens, temporariamente. E esta é a melhor e a pior parte, o fator temporal. E não há nada que se possa fazer sobre isso. Você pode sentar no topo de uma montanha e meditar por décadas e nada vai mudar. Você pode mudar a si mesmo para ser aceitável, mas talvez isso também esteja errado. Talvez pensemos demais. Sinta mais, pense menos."
Charles Bukowski




sábado, 15 de setembro de 2012

Coisas do 258 dia do ano ou se preferirem de 15 de setembro.



Uma centena de goles para ter a coragem de falar contigo, para que em cinco minutos me castigue com a frieza do teu desinteresse.

Por mais doido que pareça eu te entendo, na verdade eu ate mereço, obvio que todo esse seu distanciamento é apenas comigo, é a forma que tu encontro de me dizer:

- Eu não quero carregar o peso dos teus devaneios de futuro, não, eu não quero ser a tal pessoa da tua vida. Não existem pontas soltas, pelo contrario, tudo foi muito bem resolvido. E quer saber vai embora, seja homem, cumpra com a tua palavra, já devia ter seguido teu caminho há muito tempo, eu sei me virar. Fala que vai, mas sempre volta. O que você acha que tá tentando fazer. Eu nunca te prometi nada, já basta à pressão e tensão que enfrento diariamente, e tu ainda fica vindo com esse teu papo furado. Daqui a pouco tem tuas expectativas frustradas e a dai, vai me culpar, vai promover mais um dos teus já batidos dramas.
Não quero isso para minha vida, nunca quis esse lugar de mulher da tua vida, não quero esse cargo, assumir essa responsabilidade seria o mesmo que pisar com o salto agulha na sua progressão equivocada de mim. Não quero essa culpa comigo. Sim, culpa, você decepcionado, e eu, decepcionada por decepcionar você. E não é que eu seja imatura ou infantil, e sim por que você sempre quer mais, nunca é o suficiente, você deveria parar de dar tanto valor para alguns meses de intimidade e me esquecer.

...Na verdade eu mereço... Sim tudo isso pode ou não ser real, porem com a mesma severidade que sou tratado, eu trato todas as outras. Talvez seja um grande equivoco um belo erro, uma grande ironia, mas o que posso fazer. De repente o mundo peso, tudo se torno tão pesado, fui tomado pela desesperança e medo. De não saber o que esperar, e ao mesmo tempo esperar que você saiba. Seus discos favoritos, hoje são os meus, teus autores queridos hoje preenchem minha estante, muitas manias suas são minhas agora, mesmo sem querer hoje vejo muitas coisas do mundo com teus olhos, hoje me vejo nos teus olhos, ou nos olho da projeção que faço de você. E do mesmo jeito adorável que sou escanteado da tua vida, faço isso com todos os meus quase meios amores. Mas acima de tudo hoje vivemos bem, cada um em seu caminho.





"13 Linhas Para Viver
1. Gosto de você não por quem você é, mas por quem sou quando estou contigo.
2. Ninguém merece tuas lágrimas, e quem as merece não te fará chorar.
3. Só porque alguém não te ama como você quer, não significa que este alguém não te ame com todo o seu ser.
4. Um verdadeiro amigo é quem te pega pela mão e te toca o coração.
5. A pior forma de sentir falta de alguém é estar sentado a seu lado e saber que nunca vai poder tê-lo.
6. Nunca deixes de sorrir, nem mesmo quando estiver triste, porque nunca se sabe quem pode se apaixonar por teu sorriso.
7. Pode ser que você seja somente uma pessoa para o mundo, mas para uma pessoa você seja o mundo.
8. Não passe o tempo com alguém que não esteja disposto a passar o tempo contigo.
9. Quem sabe Deus queira que você conheça muita gente errada antes que conheças a pessoa certa, para que quando afinal conheça esta pessoa saibas estar agradecido.
10. Não chores porque já terminou, sorria porque aconteceu.
11. Sempre haverá gente que te machuque, assim que o que você tem que fazer é seguir confiando e só ser mais cuidadoso em quem você confia duas vezes.
12. Converta-se em uma pessoa melhor e tenha certeza de saber quem você é antes de conhecer alguém e esperar que essa pessoa saiba quem você é.
13. Não se esforce tanto, as melhores coisas acontecem quando menos esperamos."

Gabriel García Marquez





terça-feira, 11 de setembro de 2012

E agora o amanhã, cadê?



Dirigimos nossas vidas cotidianamente numa buscando por felicidade, queremos ter menos sofrimento, insatisfações, ansiedade, frustrações, angustia, e problemas no coração e na mente. Todos nos queremos paz, uma felicidade maior, alguns denominam essa procura como um trabalho dos sonhos, outros como um parceiro para toda vida, tem os que colocam isso num lugar ou numa posse, bem cada qual de nos dá nomes diferentes para os seus desejos e anseios de felicidade, como se a felicidade pudesse ser mensurada nos nossos desejos, e restringida a coisas que vivemos e procuramos ao nosso redor.

Estamos sempre indagando, eu seria feliz com fulana, estaria feliz em tal emprego, se eu vivesse em tal lugar realmente seria feliz, se eu tivesse dinheiro poderia ser feliz, com aquele carro eu seria feliz, porem com o passar do tempo vamos amadurecendo, e descobrindo que nada disso é verdade, ninguém nem nada lá fora realmente pode nós fazer felizes de verdade.

O nosso sofrimento acontece porque supomos que existem caminhos mais seguros que outros, que existem formas de agir e ser melhores que outros, que existe uma estabilidade e que ela pode ser encontrada aqui ou ali. Colocamos para nos mesmos, que a felicidade está em uma pessoa e não em outra, e assim passamos a viva procurando essas posições, locais, posses, identidades e pessoas.

Então sempre que essa ilusão de segurança, de uma pessoa, um lugar, algo, se mostra contraria as nossas expectativas, acabamos emergidos pela insatisfação “o príncipe não é ele, esse emprego não era tudo que eu imaginava, o paraíso não é aqui,” Isso quando não começamos á nos sabotar “ é bom namorar mas eu era mais feliz quando tinha minha liberdade, esse emprego é bom mas no outro eu era mais feliz”. Sempre acabamos procurando a felicidade ou o que seja em outros lugares, quando achamos que finalmente encontramos, apelamos e gerimos em nós o desconforto, vontade de se mover, procuramos conselhos, alguém que nos ajude, decisões calculadas, em fim, mesmo quando conseguimos o que supúnhamos que nos faria felizes, tendemos a não nos contentar e geramos uma grande frustração que nos faz procurar novas respostas fora de nos mesmos.

O que esquecemos é que as coisas são “impermanentes” e que nossas vidas oscilam muito, que nossos pensamentos, desejos mudam constantemente, estamos em constante mudança. Mas vivemos buscando no outro a felicidade, idealizamos coisas abstratas como o amor e a felicidade, e esperamos que o outro supra os anseios que jogamos em cima deles. Muitas vezes queremos ser amados, mais na realidade queremos o que significa ser amado, esquecemos que cada um de nós cria suas próprias definições, cada um de nós faz definições. Para eu ser amado poderia significar ter alguém que me cuide e dê segurança, porem para outra pessoa poderia ser alguém que escute e apoie já outra pode dizer que lhe deseje. E essa é uma das grandes fontes de sofrimento, pois nós sempre desejamos que a outra pessoa sinta, faça, realize nossos anseios, que nós de segurança, apoio, amor, vivemos esperando o outro tomar atitude, quando nos mesmos que deveríamos tomar a iniciativa.

Em vez de esperar ser desejado, devemos simplesmente desejar, fazer o que temos vontade, vivemos querendo alguém que nos proteja que cuide de nos, porem quantas vezes nós cuidamos de nos mesmos, em vez de esperar o outro fazer o que desejamos, devemos simplesmente fazer e então vamos experimentar uma liberdade única, uma sensação de estar vivo.

Vivemos em um grande oceano caótico, aonde existem diversas ondas, elas são nossas escolhas, acontecimentos, opções, como por exemplo, escolher fazer tal curso, ir naquele show, escolher ir para tal lugar e não para outro, e em meio a esse mar cheio de ondas gigantescas cada um de nos é apenas um barquinho. As enormes ondas nos levam para todos os lados, e às vezes sem querer, somos levados pelas ondas até outro barco, e acabamos criando uma aliança, nossos barcos criam um elo e ficamos tentando manter uma proximidade, só que às vezes as ondas internas ou externas são muito maiores que essas alianças feitas. Logo essas alianças às vezes duram uma noite, ou dias, até mesmo para sempre, porem o mar continua ali, ondas indo e vindo, nos puxando e empurrando, juntando e separando pessoas, se algo termina não significa que foi ruim, foi algo bom, o importante é terem acontecido, termos vivido com intensidade, com nossa verdade. Além do que não se julga nada por que termino, é bom terminar, para que novos encontros aconteçam, o próprio universo vai acabar um dia, e só por isso vamos dizer que não vale apena viver nele? As coisas às vezes terminam no meio apenas, às vezes seguem sem sentindo ate alguém ter a coragem para terminar, outras vezes elas terminam e recomeçam, é assim a vida, A questão não é se deu certo ou errado, e sim se você viveu o encontro com toda sua verdade, em plenitude, estamos aqui apenas para fazer de cada encontro algo especial, único, genuíno.

O quanto antes entendermos que não existe uma verdade absoluta, que vivemos buscando coisas que na realidade sempre estiveram dentro de nós, de que não é o que esta fora e sim dentro. Nosso sofrimento vem de nos mesmos, de nossas ondas internas, de nossas estruturas e crenças. Nossos medos e inseguranças fazem tanto dano que temos medo de fazer o que desejamos, de sermos livres, em vez disso cobramos sentimentos, ações dos outros, vivemos sendo afetados, quando na realidade a única coisa que podemos fazer é afetar as pessoas, em vez de ficar procurando respostas nos outros devemos ser nossas próprias respostas.

Se realmente queremos ser felizes, encontrar contentamento, liberação da ansiedade, só existe uma maneira, você não tem que ser religioso, não tem que ser espiritual, você apenas tem que ser realistas. E isso é conseguir reconhecer que a única forma de encontrar satisfação, um sentido maior na vida, uma maior felicidade, realização, é cultivar seu próprio coração e mente. Apenas temos que ser realistas, viver uma vida suave, cuidar dos danos que ações e pensamentos, medos e inseguranças causam, assim não prejudicamos os outros nem nos mesmos. Começar a cuidar mais de nos, ter uma vida mais tranquila, mais harmônica, nos livrar das aflições, conflitos internos, dedicar mais tempo ao eu, a nos mesmos. Ser realista significa descobrir que em vez de sair por ai tentando achar alguma felicidade externa, devemos cultiva-la com nossos próprios corações e mentes, aprendendo a relaxar corpo e mente, sem estresse, tensões e contrações, praticar o desapego, cultivar uma calma interna, uma serenidade e quietude interna, uma presença. De forma a não estarmos mais distraídos, inquietos, agitados, desenvolvendo um interior estável e relaxado, capaz de uma maior clareza e vivacidade.

Só assim vamos poder abrir os olho e viver realmente as aferências e eferências da vida, pois com maior tranquilidade e controle, vai nos possibilitar um real encontro com o outro, com uma maior proximidade, realmente vamos ser capazes de focar no outro, e não mais sendo iludidos pelos nossos próprios pensamentos, esperanças, medos; Possibilitando realmente focar nas necessidades dos outros, assim expandindo nossas mentes e corações ate o próximo, vamos obter a felicidade simplesmente amando e só, sem ficar esperando algo em troca. Então em vez de ficar pensando entre ir ou ficar, apenas supere suas aflições, controlando suas expectativas, e em vez de querer, seja, distribua e compartilhe carinho, amor, amizade, felicidade, nunca esqueça que as insatisfações são monstros criados pela nossa própria mente e corpo, logo apenas nós mesmos podemos vencê-los. 



"O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece"
 Charles Bukowski


"Seja a mudança que você quer ver no mundo."
 Dalai Lama

domingo, 9 de setembro de 2012

Deslizes da Biografia






Como é intrigante a mente de um ser apaixonado, o mundo ganha cor e vida, coisas bobas se tornam fonte de alegria e sorrisos, a razão simplesmente se esvai por completo. A sensação de ter encontrado a outra metade da laranja, a tal alma gemia, o pensamento narcisista de se ver nos olhos da outra pessoa.

Tudo isso na realidade não passa de ilusão, apenas expectativas de ter encontrado alguém idêntico ao que somos o que gera expectativas. E amar com expectativa invariavelmente vai gerar frustração.


Mas quem disse que decisões amorosas são tomadas de modo consciente. Pelo contrario, não existe logica alguma no amor, as pessoas vão se esbarrando ate finalmente se encantarem. Tornam-se gentis, amáveis, solidarias, e muitas vezes cegas. E isso é um fato, é só observar a quantidade de casais incoerentes que existe, coerência não importa muito no amor, na verdade não importa em nada, pois estar apaixonado é estar nem ai para o que as pessoas pensam para o que acham ou deixam de achar, é apenas ter encontrado algo na outra pessoa que preenche e compreende exatamente as nossas necessidades.


Pode até parecer muito egoísta o amor, talvez ele seja, não sei ao certo, porem sem sombra de duvida se as pessoas tivessem sempre amor, e vivesse apaixonadas, o mundo seria um lugar lotado de bobos e tolos, mas certamente um lugar bem melhor de se viver.

Porem o amor é assim, uma intensidade, uma potencia, que nos arrebata nos devasta e simplesmente se vai. Algumas vezes espontaneamente, outras, bem bruscamente, o amor é isso, um tornado que entra na nossa vida e revira tudo. Os que se encontram em meio à tempestade acabam por viver e recriando o amor, com segurança, amizade, carinho, cumplicidade, vivendo dia após dia um de cada vez. Já os que se perdem completamente, ficam com a frustração, medo, angustia e obcecados por de alguma forma de voltarem a ser o que eram quando apaixonados.

Essa loucura de não se saber viver consigo mesmo, se amar, faz muitas pessoas entrarem em colapso, numa busca irracional (que na realidade é puramente racional) do amor, de um par, um alguém para salva-las delas mesmas, (isso quando elas mesmas não estão tão perdidas que ficam se “auto procurando”, procurando o seu próprio mundo, o seu lugar no universo, andando em labirintos que elas mesmas criaram, com medo de serem julgadas, de viver, do ser apaixonado que reside dentro delas) que inevitavelmente faz as pessoas cometerem terríveis enganos e desencontros. As tornando cada vez mais frustradas e desesperadas, entretanto o amor não é algo que se força, que se caça, ele simplesmente acontece, ele não está ligado na logica, na razão humana. Ele é um construtor, um vivente do irreal, não existe certo ou errado, medida, nem existe uma verdade sobre ele, cada subjetivo humano o tenta delimitar dentro das suas vivencias, experiências e desejos, e por isso mesmo que acabam se perdendo, amor não se mensura não se define amor simplesmente é amor.

Eu já errei muito, sofri e causei muitas magoas, ora na busca pelo amor ora tentando me encontrar. Muitas pessoas vivem em um sofrimento velado, umas sozinhas com medo de serem machucadas, outras vivem namorando e pulando de um relacionamento para outro, mas incrível como vivem sozinhas, nos seus âmbitos. O amor vem de formas diferentes e modos diferentes, e enganasse quem segui o ditado que “os opostos se atraem”, pode acontecer porem tende apenas a se distrair. Na verdade só se pode obter o “amor constante” quando os “dispostos se atraírem”, pois o amor se encontra nas ligações que vão se criando com as pessoas diariamente, nas intimidades desenvolvidas, nas pessoas que vão surgindo nas nossas vidas, nos apelos por abraços confortáveis, e para sentirmos isso, devemos antes de qualquer coisa estar dispostos, abertos.

Não cabe ao amor o egoísmo de pensar em si mesmo e nem mesmo o altruísmo de se esquecer de si e viver se preocupando com o outro, para o amor prevalecer devesse vive como um, pensar na sincronia do casal, nos desejos e objetivos, as pessoas tem que se ajudarem como se fossem um, não existe espaço para egocentrismo, teimosia e orgulho, tem que se ajudarem e se deixar ser ajudado, batalharem juntos, comemorar as conquistas, se apoiarem nas derrotas. E para tudo isso o mínimo é estar disposto, pois bancar toda essa carga, essa luta diária para manter o amor e ao mesmo tempo desenvolvendo um futuro não é fácil, pois cada um tem seus sonhos, seus objetivos, suas metas, suas pedras no caminho, porem tudo se torna mais fácil com o amor.

O amor vale apena, e atrai e traz coisas maravilhosas para nossas vidas, porem para tanto, deve existir dois dispostos, para aguentarem as peculiaridades e devaneios desse louco e insano amor, que tanto faz bem e machuca, além do que por mais que se fuja dele, no fim das contas como canta Cassia Eller na musica, meu mundo ficaria completo (com você) “o problema é que eu te amo”, no fundo todas as dificuldades só se tornam problemas, e em dores de cabeça, pela falta de amor, seja amor próprio ou o amor de alguém, pois junto se chega mais longe, estando com outra pessoa, tendo seu apoio, sua segurança, tudo se torna tranquilo e fácil. Ao mesmo tempo em que amor não retribuído vai sempre ser a causa de todos os problemas.

Então sempre esteja disposto, se encontre, seja você, lute pela sua verdade, faça o impossível, se acertar de primeira, parabéns, se não, mude de ares, se recrie, muitas vezes estamos certos, em outros errados, mas nunca desista, apenas curta e viva, vire umas paginas, volte paginas, rasgue outras, mas nunca feche o livro, pois todo dia é uma nova oportunidade, um mundo novo e cheio de oportunidades. 

"Quanto mais envelhecia, quanto mais insípidas me pareciam as pequenas satisfações que a vida me dava, tanto mais claramente compreendia onde eu deveria procurar a fonte das alegrias da vida. Aprendi que ser amado não é nada, enquanto amar é tudo (...).
O dinheiro não era nada, o poder não era nada. Vi tanta gente que tinha dinheiro e poder, e mesmo assim era infeliz.
A beleza não era nada. Vi homens e mulheres belos, infelizes, apesar de sua beleza.
Também a saúde não contava tanto assim. Cada um tem a saúde que sente.
Havia doentes cheios de vontade de viver e havia sadios que definhavam angustiados pelo medo de sofrer.
A felicidade é amor, só isto.
Feliz é quem sabe amar. Feliz é quem pode amar muito.
Mas amar e desejar não é a mesma coisa.
O amor é o desejo que atingiu a sabedoria.
O amor não quer possuir.
O amor quer somente amar."
 Hermann Hesse



''E já não eram sós, ambos somavam entre si, não importava mais quem era a primeira ou a segunda pessoa, por que eles eram um só... E todos questionavam-se sobre quem seria o sujeito e quem seria o predicado.

Quem se conjugaria no pretérito e quem renunciaria... Ou seria, a forma "mais que perfeita"!Conjugavam-se de maneira irregular explicitando suas diferenças, reconhecendo os fragmentos e os complementos.Buscavam a medida certa.E assim... reconheceram-se juntos, sem necessidade de mais nada para se completar, por que juntos... Eles transbordavam!''
 O Teatro Mágico









segunda-feira, 28 de março de 2011

O vazio que vem da solidão


Alguns dias atrás, acabei por me deparar com uma poesia “igual-desigual”  de Carlos Drummond de Andrade, ela faz uma referencia de como todas as oportunidades e desvantagens são iguais, não importando onde nos estejamos, a sede, a fome, o medo, a angustia, a felicidade sempre serão iguais.
As pessoas cada vez mais estão se tornando mais chatas, depressivas e extremamente carentes. Sedentas, famintas de carinho, compreensão, companheirismo, em uma palavra amor. Existe uma moda, uma idéia de se cultuar o “EU”, esse egoísmo, essa falta de sensibilidade, de tato com o outro torna os relacionamentos inviáveis. Hoje em dia com a facilidade de se conhecer pessoas, de se relacionar, acabamos focando na nossa Carrera e tudo que as envolve para conseguirmos ter os resultados profissionais que sonhamos. Porem em contra partida, acabamos nos tornando pessoas mais solitárias, pessoas que não tem tempo para se “envolver”, temos a ilusão de que satisfazendo o nosso ego, conseguindo uma estabilidade profissional é mais importante do que investir numa relação. ( pessoas medrosas e egoístas são assim, preferem investir na Carrera, um investimento calculado, do que em um envolvimento, onde podem perde todo o investimento e terem que recomeçar do zero)

A utopia que nos envolve é descaradamente um mero conto de fadas onde as pessoas se prendem pelo simples fato de justificar suas escolhas mesquinhas e egoístas. Grande parte da população, vai seguindo a vida, com olhos tristes, sorrisos falsos e um vazio no peito, chegam em casa todo dia, se sentem solitárias, abandonadas, mas não fazem esforço algum para mudar, acham que focar nos estudos ou no trabalho vai fazer as coisas melhorarem, acabam conhecendo pessoas, se relacionam porem são impedidas de se envolver, vezes pelo egoísmo que as torna intransigente, outras pelo medo, pavor de correr riscos, de perde um pouco o foco de seus objetivos, e acabarem se decepcionando e caírem no sofrimento.
Notem como as coisas são cômicas, nos temos por habito um medo desmedido de sofrer, de nos envolver e acabar nos machucando, porem viver carente, sentindo falta de algo, emaranhado a solidão, buscando desesperadamente ocupações para nos convencer que temos pouco tempo para podermos nos apegar a alguém é uma forma masoquista de encontrar o sofrimento.
 Fugir não resolve nada,  é apenas uma forma de piorar as coisas, contos de fada não existem, sonho é sonho, realidade é realidade, as coisas não vão melhorar apenas por que se quer,  muito menos de um hora para outra, noticias ruins e boas se tem todo dia, porem o baixo astral sempre vai voltar. Essa é a forma que o organismo encontro para nos falar que estamos presos, acostumados a solidão e o sofrimento. As coisas mudam quando as pessoas mudam, quando tomam “atitudes”, quando aceitam que o NOS é mais importante que o EU, abra a mente, se reinvente, enfrente os medos de frente é única forma de superar o medo de envolvimento. Mas nem tudo são rosas, mudar nunca é fácil, vícios sempre voltaram, é uma luta constante, alem do que a felicidade nunca estará no outro, e sim em nos mesmos, um envolvimento verdadeiro apenas é um facilitador, e uma forma de preencher o nosso vazio. Nunca esqueça que entre apego e dependência existe uma fina linha tênue. Em vez de ficar reclamando da vida, e criando rugas de tristeza vá a luta, corra riscos, se jogue na vida de coração, se machuque, apanhe bastante, mas nunca desista, quem joga pode perder, mas apenas quem joga acaba saindo vitorioso.   

    
“Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre “ Clarice Lispector



Era uma vez um homem que tinha uma floricultura e alguém que vivia por entre flores, só podia entender muito de amor. Verdade, ele entendia! Tinha histórias muito interessantes para contar. Às vezes, eu criança ainda, passava por lá e o encontrava desocupado, sempre parava para ouvir algumas delas. Desde pequena, eu já percebia que aquele homem era um sábio em se tratando de amor e isso me anestesiava quando eu ouvia as histórias que ele vivenciara. Mas de todas as histórias que ele me contou, houve uma que eu nunca esqueci e vou contá-la para vocês exatamente como ele me contou.
"Pequena (ele me chamava assim), o amor não precisa ser dito, ele é sentido; e quando sentido, é possível vê-lo; ele toma formas reais, deixa de ser abstrato."
Eu pouco pude entender isso naquela ocasião, mas tive vontade de ver o amor com meus próprios olhos; tive curiosidade de saber se ele era perfeito, se era bonito, se irradiava luminosidade.
Bem... Mas vamos à história.
Era dia dos namorados, um rapaz entrou correndo em sua loja e disse-lhe:
- Por favor, senhor, providencie-me um buquê de flores.
- E que tipo de flores você quer?
- Qualquer tipo. Só quero que seja algo que faça vista; pode ser o mais caro que o senhor tiver aí.
- Está certo. Então tome o cartãozinho para você escrever
- Não tem necessidade, é para minha namorada e como hoje é o dia dos namorados, ela saberá que é meu.
- Você que sabe, mas no seu lugar, eu escreveria.
- Não posso, estou com muita pressa! Vou levar meu carro para lavar.
Depois que o rapaz se foi, o senhor ficou ali a pensar como alguém poderia enviar flores sem as escolher, sem escrever um cartão com uma bonita dedicatória... mas, enfim preparou um bonito buquê e mandou para o tal endereço pensando... "Coitada dessa moça!" Algumas horas depois, um outro rapaz entrou na sua loja.
- Senhor, por favor, eu quero mandar uma flor para alguém. Ela é muito especial, mas não tenho dinheiro suficiente para um buquê requintado; sendo assim, terá que ser somente uma rosa, mas faço questão que seja a mais linda que exista em sua floricultura.
- Pois bem, você quer escolhê-la ou prefere que eu escolha?
- Gostaria de escolher, mas aceito a sua sugestão porque tenho certeza que o senhor entende bem disso.
- Será um prazer! É sua namorada, não?
- Não senhor... ainda não... mas isso não é importante; o importante é que eu a amo e acho que hoje é um bom dia para dizer isso a ela.
- Muito bem, concordo com você.
- Talvez eu devesse escolher um botão de rosa, não acha?
Afinal, nosso amor ainda não floresceu.
- Muito bem pensado! Naquele instante o senhor percebeu que o rapaz, como ele, entendia de amor e com certeza estava vivendo um doce amor.
- Por favor, faça o invólucro mais bonito que o senhor puder fazer enquanto escrevo o cartão.
"Meu amor, estou lhe mandando esse botão de rosa juntamente com meu carinho. A mim, não importa que você não me ame, porque apesar do meu amor ser solitário ele é verdadeiro e sendo verdadeiro, confio que um dia poderá viver acompanhado do seu. Não tenho pressa, amor de verdade não tem pressa, amor de verdade não escraviza, nem exige, apenas se importa em doar. Um feliz dia dos namorados ao lado de quem você amar. Um beijo!"
Depois que escreveu o cartão, o rapaz entregou ao senhor e disse-lhe:
- Leia, por favor, e me dê a sua opinião.
- Perfeito, gostei muito; só faltou um pequeno detalhe, você esqueceu-se de assiná-lo.
- Não esqueci, não... É que não é importante, por enquanto, que ela saiba quem sou eu. Nesse momento eu só pretendo que ela sinta que eu existo.
O senhor sorriu e disse-lhe:
- Muito bem, meu filho, torço por você!
Passaram-se os dias, os meses e um novo dia dos namorados chegou e novamente o primeiro rapaz voltou à loja.
- Bom dia, senhor, lembra-se de mim?
- Lembro, sim, e então, como vai o namoro?
- Ih... O senhor nem imagina! Depois daquele dia dos namorados do ano passado, ela terminou comigo e eu nunca entendi a razão; agora já estou namorando outra.
- Mas ela não lhe deu nenhuma explicação?
- Ah! Deu sim... Uma explicação que eu não entendi. Ela me disse que eu a estava perdendo por causa de um botão de rosa. O senhor entende, não é? Bobagens de mulher.
- Entendo sim... Quem não entendeu foi você!
Não adianta um casal apenas sorrir juntos; eles precisam sorrir das mesmas coisas.
Não adianta apenas caminhar juntos; tem que ser na mesma direção.
Não adianta apenas mandar flores; é crucial que elas cheguem ao seu destino com o perfume.
Não adianta se fazer presente apenas de corpo; é de suma importância que a alma e o coração estejam presentes também.
NÃO BASTA SER NAMORADO É PRECISO ESTAR ENAMORADO! “

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Não deixe para amanhã a felicidade.



Bom estava com esse texto quase pronto na cabeça, mas por motivos de temperamento e de notebook não deu para postar. Bom como num rio a agua nunca é a mesma, assim esse texto acabo de certa forma mudando de rumo, ainda mais com os últimos acontecimentos.

Depois desse prelúdio um tanto demasiadamente inútil, vamos ao texto, quer era no inicio para desejar feliz natal e mergulhar nas lembranças e pessoas das nossas vidas.

As pessoas se colocam mascaras para esconderem o que realmente sentem e querem, vão se tornando cada vez mais sozinhas, vivendo tristes no recanto de suas almas, enquanto quase se suicidam para aparentarem algum tipo de segurança e felicidade. E não contentes de se auto mutilarem ainda implicam e e tentam atrapalhar quem conseguiu alcançar o que tanto invejam. Pessoas atormentadas são o que de mais fácil consegui-se identificar, elas tentam enganar todos, e ate elas mesmas, porem é impossível não ver o olhar de quem arrasta um passado, uma historia, um arrependimento, algo que ela precisa mas não consegui terminar ou resolver.

As pessoas perdem tempo de mais odiando e alimentando arrependimentos e ressentimentos, quando não ficam reclamando da vida. Porem a vida é muito boa, ela da a maior dádiva de todas, a chance de voltar atrás, de pedir desculpas, de corrigir os erros, mas para isso as pessoas tem que aprenderem a amar mais e passar por cima de vaidades e orgulho tolos.

Porem a vida é que nem a natureza que não sabe o que é bem o mal, ela só entende o equilíbrio e o desequilibro. Logo doenças aparecem do nada, acidentes surgem, vidas são destroçadas de uma hora para outra. Bem isso é a vida, todos acabam tendo problemas, porem as pessoas esperam terem problemas para começar a dar valor a vida, esperam as pessoas que amam terem algo para tomarem coragem para dizer Te Amo. Se esperamos para passar por cima do nosso orgulho e vaidade apenas quando aparece um câncer na vida de alguem que gostamos, por que não aproveitamos para dizer o quanto sentimos saudades, o quando queremos ama- las agora, que estão bem com saúde, quando ainda tem condições de retribuir nosso carinho.

Nos precisamos ter uma mente mais lúcida nas discussões, ter mais equilíbrio nas decisões e paz nas ações, para por fim acabar criando um olhar transcendental com as pessoas a nossa volta, e acima de tudo com quem temos um carinho maior. Um bom exercício para deslumbrar essa visão mais lúcida e transcendente é parar por alguns minutos, se concentrar e focar as emoções e deixar os pensamentos viajarem, e imaginar algumas pessoas da nossa vida. Algumas pessoas com quem tivemos historias interrompidas, pessoas que amamos muito, pessoas que tivemos alguma briga ou ate que odiamos, e pessoas que vemos todos os dias só que nem o nome sabemos. Então com a lembrança dessas pessoas imaginem que estão no velório delas, uma por uma, com aquele corpo frio no meio da sala, e os familiares dele, os amigos, todos tristes, lembre de todas as brigas, todas as coisas boas, tantas coisas ficaram perdidas no tempo, o que deixo de viver com ela, quantas vezes podia ter relevado, os momentos que poderia conversado com ela, então ela é selada naquela caixa, tu está lá apenas com as lembranças e a frustração de não poder fazer mais nada.

Sempre que brigar com alguem lembre-se que pode a ser ultima briga, se quer fazer algo, dizer algo diga, faça, agora, aproveite a oportunidade que a vida nos dá de todo dia podermos resolver o nos impede de vivemos com mais alegria, difícil não é conciliar estudos,profissão e amor, difícil não é amar, difícil é não ter mais essa oportunidade, é perde a chance de corrigir o que esta errado, então não deixe para depois o que pode fazer hoje, não espere para ser feliz depois, seja agora, corra atrás de seus sonhos, sim sonhos, a vida não é uma coisa de escolher algo e perde algo, e sim de viver tudo que tem para se viver, enquanto podemos, quanto não acontece algo que nos atrasa ou ate mesmo interrompe nossa vida.


"A trsiteza não existe. Quando estamos tristes, é porque a felicidade voltou a despistar-nos naquele longo caminho atrás dela." (Tim Maia)


''O que nós queremos nem sempre importa. Mas às vezes, é só o que importa."

"Toda pedra do caminho
Você pode retirar
Numa flor que tem espinhos
Você pode se arranhar
Se o bem e o mal existem
Você pode escolher
É preciso saber viver"

"As pessoas que nos estão próximas são importantes. Devemos tratá-las como os nossos tesouros. Devemos ser sempre sinceros e educados quando lidamos com os outros. Nada é mais forte do que a sinceridade. Fiz muitos amigos em todo mundo através da mesma sinceridade. Uma relação construída com sinceridade nunca será destruída, mas as relações construídas por meio de esquemas e interesses entram sempre em colapso no final."





sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A culpa é da economia cognitiva

Após ser acordado, o que já é muito chato, e pior ser acordado com alguém gritando uma falsa hora, isso é mais desesperador ainda, mais tudo bem, se fosse apenas isso, porem sair correndo para o banho, e consegui evitar tomar um choque já foi um grande feito, o problema foi o que veio depois, notem sempre é assim, sempre o problema é o que vem depois, de uma forma bem tosca consegui quase quebrar meu cotovelo no registro do chuveiro, isso tudo por causa do cérebro e sua tal economia cognitiva. Enquanto sentia uma nada agradável dor, notei que tudo é culpa da economia cognitiva, ela esta sempre se fazendo presente para fuder a vida de todo mundo.

Quando aquela adorável pessoa, que lhe parecia seu salvador da pátria, lhe enfia um adorável pé na bunda, alguns seres acabam se indignando, se rebelando de todas as formas, e entram numa desesperada batalha para reconquistar o amor daquele lindo ser, enquanto aquela amável e deslumbrante alma feminina simplesmente observa tudo enquanto esmigalha os testículos deles. E as criaturas simplesmente não conseguem perceber que toda sua energia, toda sua herança genética de caçador, condutor e homem das cavernas está simplesmente sendo destroçada e jogada no lixo. Tudo isso por causa da tal economia, sim é mais fácil para o tosco do cérebro reconquistar e continuar, mesmo que tomando patadas daquela menina adorável, em vez de fazer com que simplesmente esqueçamos tudo fazendo a tal fila andar.

Sim mais não podemos também culpar apenas o cérebro, o tosco do homem que vamos ser sinceros é apenas guri, sim só pode, onde se viu homem correr atrás de mulher, pedindo afeto e segurança, se tu quer isso brother vai pedir para tua mãe, olhe para dentro de você, eu sei o cérebro atrapalha com sua economia, criando ilusões que tiram o foco, mais se esforce, e esclareça algo muito simples, tu gosta da guria ou da simples ideia de ter ela. Mesmo depois de muito pensar a conclusão é óbvia, tu é apenas mais um cara que é inseguro e pior carente, sim, fica buscando nas suas relações a segurança que a presença da outra pessoa lhe traz, acorda para a vida, isso é coisa de mulher. Sim as mulheres que buscam a segurança, homem proporciona isso, a menos claro que queira sempre ser a mulher de todos os seus relacionamentos, é como na dança, o homem por mais que não saiba dançar tem que conduzir, e assim a mulher tem a segurança para bilhar.

Mais depois disso sempre tem aqueles que ficam choramingando pelos cantos, em luto, velando sua própria auto estima e ficam relembrando cada momento do passado, e suspirando pela imagem da "deusa" que eles idolatram, sim a economia cognitiva vai fazer isso, por mais que tu se esforce para esquecer, vai vim as imagens, vai vim as sensações, mas isso é apenas a preguiça do cérebro de seguir em frente, de mudar, tenha atitude, tu tem sangue de caçador, dna de guerreiro, crie objetivos, metas, tenha um foco na vida, que não seja reconquistar quem queimo teus testículos. A questão não é esquecer a pessoa, e sim esquecer de lembrar, esse é o truque, para enfraquecer a vivacidade das memorias erroneamente gravadas no seu disco rígido.

Nunca esqueça quando uma mulher quer um homem, não existe orgulho, distancia, sacrifício que impeça ela de correr atrás, elas são seres superiores acima de simples sentimentos humanos de auto preservação, quando querem um homem, um guerreiro elas simplesmente vão até ele, elas são emoção, sentimento, são como barcos em busca de uma direção, de um porto seguro, e sempre que encontram, simplesmente vão ao encontro, enfrentando, tempestades e o próprio mar para atracar na segurança do porto, dos braços do seu homem.

Por isso não se perca nas economias cognitivas do seu cérebro, depois que conquistar uma mulher, simplesmente deixe a correnteza trazer ela até você, não faça a burrada de enviar seus testículos via sedex para ela. Elas como nós são seres livres, viva sua liberdade, e deixe ela decidir se quer viver no calor dos seus braços ou se quer encontrar abrigo em outro porto. Deixe o desespero e a carência para atrás, evolua, faça força, mude, é difícil, mas o que na vida não é, se elas voltarem ou irem ate você, vai saber que é por realmente te amarem e desejarem ter um futuro ao seu lado, se não voltarem simplesmente nunca te amaram, mulheres querem e buscam apenas segurança e liberdade, você até pode ter mulheres sendo carente e possessivo, mas apenas vai encontrar uma paixão duradoura e madura quando puder oferecer segurança e liberdade.

"Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
Ou flecha de cravos que propagam o fogo:
Te amo como se amam certas coisas escuras,
Secretamente, entre a sombra e a alma.

Te amo como a planta que não floresce e leva dentro
de si, escondida, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o estreitado aroma que subiu da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
Te amo diretamente, sem problemas nem orgulho:
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira.

A não ser deste modo em que não sou nem és,
Tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha,
Tão perto que se fecham teus olhos com meu sono"

-Pablo Neruda


“Esta é a minha postura deprimida. Quando estiver deprimido, não faz muita diferença de como você se coloca. A pior coisa que você pode fazer é endireitar-se e manter a cabeça pra cima, porque então você vai começar a sentir-se melhor”.
-Charlie Brown

"Nenhum mortal pode guardar um segredo. Se sua boca permanece em silencio, falarão as pontas de seus dedos..."
-S. Freud ( caso Dora )

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Liberdade o significado de felicidade

A busca da felicidade é um dos fatores que mais aflige a espécie humana, pois ainda falta o entendimento principal para se encontrar, para se estar feliz, que nada mais é do que a liberdade. E essa liberdade já temos ela em nosso ser, sim, então já possuímos a felicidade em nos mesmos, porem muitas pessoas acham que tem que procurar ela, que simplesmente ela esta atrelada a uma outra pessoa ou sequência de fatos, que possam gerar ela. Quando compreendemos que somos livres, e apreendemos a enxergar a liberdade das outras pessoas, conseguimos finalmente transcender esse aspecto material da felicidade e simplesmente alcançar a felicidade plena e constante.

Temos que entender antes de mais nada, que ninguém é dono de ninguém, somos apenas almas livres e errantes que buscam a sua própria evolução, o seu horizonte. Varias vezes vai acontecer de duas pessoas estarem contemplando o mesmo horizonte, e acabarem se apaixonando, entrando num relacionamento, que aparentemente vai gerar a tal felicidade material, mas isso é apenas ilusão, pois as duas pessoas já eram felizes, então é um tremendo equivoco relacionar a felicidade a outra pessoa. Esse equivoco acaba criando uma abismo de emoções e sentimentos, já que a outra pessoa é o causador da nossa alegria por estar com nos, quando essa pessoa resolver mudar de ares, seguir seu caminho, vai ser visto como o causador da infelicidade. É por isso que muitas pessoas ficam tão ressentidas quando abandonadas ou traídas. Na verdade por ela  associar sua felicidade a outra pessoa, o fato de não estar com essa pessoa gera a infelicidade. Esse é um dos principais motivos de infelicidade, acharmos que somos donos da outra pessoa, que ela é um objeto ou pior que ela é nossa dona, quando negamos o fato de que ela é tão livre como nos somos, podendo fazer suas escolhas, e buscar sua evolução em outros horizontes, estamos negando para nos mesmo o direito de ser felizes. 

A questão é apenas ser e não buscar ou procurar a felicidade, viver em liberdade, o simples entendimento que não existe ganho ou perda e sim evolução. Por mais intenso ou distante que algo tenha sido para você, desde um trabalho ate a um relacionamento, seja livre para ir e vim, entenda a liberdade de escolha do outro, nada nesse mundo se relaciona sem que fique algo de bom com ambos, o amor nunca morre, nunca some, simplesmente se transforma, em vez de procurar desgraçar a vida de alguém, queira o bem dos outros, deseje a felicidade indepente dos fatos, meios, ou tempestades. A vida é tão passageira, tão única, que apenas buscar pelo caminho do ódio e ressentimento vai a tornar inútil e desnecessária. Viva a plenitude de sua liberdade e vai entender que saudade apenas é se prender, existe apenas quando não se vive intensamente cada minuto cada segundo. Deixe de lado todos os pensamentos negativos, toda a raiva, apenas viva o amor, entenda antes que seja tarde, que amar é mais que uma palavra, é algo eterno, difícil de se compreender mais que esta intimamente ligado com a liberdade. Amar quando se esta apaixonado, quando se contempla o horizonte com outra pessoa é muito fácil, porem esse sentimento é eterno, seja do lado ou distante da pessoa, então em vez de procurar, vasculhar e tentar entender o que passou, apenas deseje a felicidade de quem um dia estava na mesma sintonia que você, perceba como é fácil, essa pessoa como nos vai errar, acertar, mas se desprenda de julgamentos, de intervenções apenas deseje intimamente que ela seja feliz, por que assim como nos ela vai estar evoluindo.

Então não amarre alguém, não se prenda a ninguém, apenas deslumbre o horizonte, faça essa energia positiva circular, vamos sempre estar evoluindo, transcendendo para planos superiores, desperdiçar nossa existência com tristeza e infelicidade é jogar fora o curto tempo que temos para nos divertir e usufruir da nossa liberdade, então está nas nossas mãos se vamos sentir saudades das coisas ou se vamos simplesmente desejar sua felicidade e evoluir. Desejar felicidade traz felicidade, sentir saudade traz frustração, ser livre traz intensidade, paz, equilíbrio, se prender traz infelicidade, rancor, ressentimento, e o mundo da voltas, quanto mais negativo são os sentimentos e pensamentos, mais o mundo vai conspirar para um inferno astral, porem procure de coração achar a sinceridade do perdão, da compaixão, do amor, o mundo apenas vai lhe proporcionar uma vida maravilhosa e completa. Viva toda sua liberdade, cruze quantos horizontes sinceramente desejar, aproveite os momentos, eles são únicos, e por fim apenas queira o bem e a felicidade das pessoas, e que também sejam e possam viver livres.


 - Em 1987 meu pai tinha um carro azul
- Mas o que isso tem a ver com amor?
- Bom, acontece que todos os dias ele dava carona pra uma moça. Ele saía do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta pelo carro e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca. Ela ficava fazendo caretas e os dois morriam de rir.
...acho que isso é amor"

"Queimar o filme no churrasco é muito fácil.
É só chegar de sunga de crochê, pochete, blaser de ombreira,
óculos Wayfarer , ensaiando passos de lambada na ilustre
companhia do Beto Barbosa...Adocica meu amor, adocica"

 -"Não ensino, que se deve "suportar" a morte ou "aceitá-la". Isso
seria trair a vida.

Eis minha lição - Morra no momento certo!.... Viva
enquanto VIVER
!...

Caso não se viva no tempo certo, então nunca se
conseguirá morrer no momento certo."

-Pergunte a si mesmo,
você consumiu a sua vida
?

Você viveu a sua vida?
Ou foi VIVIDO por ela?
ESCOLHEU-A ou ela escolheu vocÊ?
Amou-a?
ou a lamentou?
Eis o que quero
dizer quando pergunto se consumiu a sua vida...

Não fique impotente
lamentando a vida que nunca viveu...se quer mudar, faça algo para isso.
...a chave para se viver bem é primeiro desejar aquilo que é necessário e, depois, amar aquilo que é desejado"

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Dor de estomago

Não sei se é apenas comigo, mas tenho certa intolerância a dor, na realidade sem querer ser machista, mas analisando a fisiologia humana, vemos que a mulheres são acostumadas a dor.Não querendo pregar uma certa demagogia, mas esses seres delicados por natureza sofrem todos os meses com a TPM, com as mudanças de clima, com o simples fato de pisar no piso gelado e com seus dramas utópicos.O homem já é um ser mais resistente, tem certa proteção a dor, um estomago forte, uma saúde de ferro, um corpo incapaz de sentir dor. Porem, tão certo como a água do mar é salgada o homem mais cedo ou tarde acaba por sentir dor, seja do coração seja de estomago, virose, gripe ou qualquer outra variação dessas que fuja do seu cotidiano viril.


Estatisticamente falando a mulher sofre mais dores, logo por mais drama que faça esta acostumada, diferente de nos homens, somos tão resistentes e alheios a dor que quando a sentimos ou temos voltamos para nossa posição fetal, nos fechamos do mundo, tentando nos proteger daquela situação tão inusitada, procurando por ajuda para entender, para superar esse estado extremamente incomum ao mundo masculino. Por mais fortes e resistentes que parecemos, quando sentimos dor, entramos numa realidade distinta da que conhecemos, acabamos andando pelo desconhecido, e como tal traz o desconforto, medos e a insuportável necessidade de afeto.

E nesses momentos raros de dor, descobrimos como as mulheres são fortes, acostumadas a dor, sabem lidar e resistir a ela melhor do que qualquer homem, que quando senti dor não consegui reagir a ela, toma atitudes absurdas, fica manhoso ao estremo, necessitando da ajuda feminina, mas orgulhos como somos acabamos precisando mais não pedindo. Logo por mais dores que as mulheres sintam, já estão acostumadas e conseguem pedir ajuda, mas nos homens quando sentimos dor acabamos por destroçar nossos mundos a procura da milagrosa cura, que precisamos que seja trazida a nós por uma dose alma feminina, a proteção que diariamente damos e que nesses momentos tanto precisamos.

Talvez a resposta para essa carência absurda que aconteça em momentos de dor, se deva a proteção materna ou a falta dela que recebemos quando pequenos, e que quando grandes necessitamos. Mas alem disso muitas vezes nos falta o amadurecimento que a dor atrás, e que alguns nunca acabam tendo, logo quando a tem acabam por ter um sofrimento imensurável.

Contudo a dor sempre passa, seja física seja emocional, nada como um chá para resolver as dores, mas como nem toda dor é igual, apenas a erva certa pode curar a dor específica que sentimos.

 
"Ah, mas como eu desejaria lançar ao menos numa alma alguma coisa de veneno, de desassossego e de inquietação. Isso consolarme-ia um pouco da nulidade de acção em que vivo. Perverter seria o fim da minha vida. Mas vibra alguma alma com as minhas palavras? Ouve-as alguém que não só eu?"



"Tudo me cansa, mesmo o que não me cansa. A minha alegria é tão dolorosa como a minha dor.


"Escrevo demorando-me nas palavras, como por montras onde não vejo, e são meios-sentidos, quase-expressões o que me fica, como cores de estofos que não vi o que são, harmonias exibidas compostas de não sei que objectos. Escrevo embalando-me, como uma mãe louca a um filho morto." Fernando Pessoa

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Obsessão pelo desconhecido

Muitas vezes pairando pelo Orkut, rua, ou tribos e aldeias de conhecidos, acabo por “conhecer” pessoas incrivelmente interessantes quando não apenas fascinantes. Isso teoricamente é normal, pelo menos em um mundo convencional isso é meramente aceitável. Porem esse fascínio que relato vem inexplicavelmente do fato de eu não conhecer essas incríveis pessoas. Fico um tanto confuso esse pensamento, mas é exatamente isso, sofro de uma irremediável obsessão pelo desconhecido. Em outras palavras o desconhecido apenas é interessante quando não o conheço. Pois de alguma forma um tanto incomum faço analises abstratas, uma interpretação sensacionalista.

As entendo, entro no mundo delas de cabeça, vivo suas frustrações, medos e alegrias. Acabo por sendo não os olhos delas, mais sim o narrador de suas biografias continuas. Não vejo o mundo que elas vêm, mas sim os porquês de suas vidas, o lado sombrio e claro de suas escolhas e oportunidades desperdiçadas. Mas essa influencia de mundos, essa simbiose de sensações, “realidades que eu sempre quis mais nunca vivi”, me escravizam, criando uma expectativa de que essas pessoas tenham mais para mostrar, que minha visão mesmo que profunda tenha deixado escapar algo.

Nesse ponto faço a casmurrice de tentar conhecer o desconhecido, procurando por pontas soltas, equívocos que eu tenha feito sobre o ser da minha obsessão. E cometo a tolice de confrontar intimamente, o que absorvo de conversas e de um “real” conhecimento da pessoa.

Estranhamente descubro que acabei acertando se não tudo, praticamente tudo que teorizei a respeito da pessoa, contudo isso se torna incrivelmente frustrante, pois já a conheço, acabo por me descobrir intolerante com a falta de perspectivas em relação à pessoa. O ser fascinante, incomum e encantador, acabam por perde seu brilho, sua soberania sobre mim.

Talvez a falta de surpresas em relação à pessoa me faz desvanecer, o fato de qualquer ação ou comportamento não me surpreenderem me faz perde o foco, tudo se torna banal de mais para eu conseguir digerir e ter vontade de continuar insistindo numa historia já descoberta.


""-Doutor, meu irmão é maluco, ele pensa que é uma galinha".

"Então, porque você não o interna?".
"-Bem, eu o internaria, mas acontece que preciso dos ovos".
"-Assim é como me sinto sobre relacionamentos, eles são completamente irracionais, malucos, absurdos, mas continuamos, insistimos porque a maioria de nós precisa dos ovos"."

"não quero ser sócio de nenhum clube que me aceite como sócio".